Lula e Castro se preparam para roubar conhecimento

No dia 04 de janeiro houve a posse do Ministro da Educação do governo Lula/Alkmin. Na pasta do novo ministro Camilo Santana mais um requentado projeto de meritocracia sob as bençãos de Jorge Paulo Lemann. Junto ao reforço de velhas avaliações externas e treinamentos para disputar o melhor lugar nos ranques e pesquisas, a aplicação da nova Base Nacional Comum Curricular servirá, mais uma vez, para esconder os reais problemas, deficiências e carências da educação brasileira. Assim, a bagagem de Santana e sua Secretária Executiva, Isolda Cela, está cheia de preconceitos, ideologias e posturas neoliberais.

A postura típica de megaespeculadores da educação privada considera a área da educação pública carente de objetividade, incerta e sem propostas concretas. Uma mentira que tem seus objetivos. Tais afirmações partem do Movimento Todos pela Educação, Movimento pela Base (ligado à Lemann) e outros promotores da reforma empresarial de total privatização da educação. Além da postura, de preconceitos e ideologias, a própria política educacional em execução no Ceará, em uma coalizão PDT-PT, ou na SEEDUC-RJ, no ano de 2022 para a série inicial do Ensino Médio, não é outra senão a que atende aos interesses dos especuladores e tubarões do ensino privado.

Tanto a reforma do ensino como a “Base Nacional Comum Curricular, a BNCC, reduzem os conteúdos oferecidos aos discentes e, consequentemente, reduzem a carência de profissionais no interior das unidades de ensino. O MEC de Lula, o bolsonarista Cláudio Castro e sua nova secretária Patrícia Reis estão prontos para roubar conhecimento e empurrar os alunos para o mercado de trabalho, sem permitir a conclusão de sua graduação em qualquer disciplina. Os alunos precisam ter acesso integral ao conhecimento historicamente acumulado. A pressa de inserir a juventude pobre em uma suposta profissionalização ou militarização condena milhares de alunos a saírem dos bancos escolares prematuramente. Sua política sabota a difusão e construção do conhecimento contribuindo para o aumento da ignorância e da barbárie.

Derrotado nas urnas o governo Bolsonaro agora é necessário derrotar o bolsonarismo e o neoliberalismo com mobilizações e lutas nas ruas. Mais do que nunca a organização das trabalhadoras e trabalhadores no chão da escola é fundamental para a defesa da educação pública. Essa organização deve cumprir pelo menos três compromissos: auto-organizar a classe, fortalecer o sindicato como instrumento de organização para lutar e conquistar para a luta a comunidade escolar. Especialmente alunas e alunos: os principais interessados na garantia do futuro.