Mais de 18 entidades convocam novo dia nacional de luta

A construção do 05 de julho como Dia Nacional de Luta contra o Arcabouço Fiscal e o Marco Temporal contou com a participação de 180 ativistas representantes de diversas entidades de trabalhadores e indígenas

No final do mês de junho (27) o governo Lula/Alckmin presenteou os latifundiários com 364,22 bilhões de reais através de financiamento do Plano Safra. São bilhões para a parte da classe dominante brasileira responsável por centenas de casos de escravismo, grilagem, genocídio contra povos originários e violência no campo.

Ao mesmo tempo compra Arthur Lira para votar o Arcabouço Fiscal, o Marco Temporal e a Reforma Tributária que incide sobre o consumo sem tocar nos dividendos, lucro e grandes fortunas dos milionários.

Ao mesmo tempo que constrói esses ataques aos trabalhadores, Lula se cala diante da encarniçada luta dos profissionais da saúde, da educação pelo piso nacional. Também nenhuma palavra sobre a luta das operárias e operários na Mercedes Benz, silêncio sobre a demarcação das terras dos povos indígenas, o sofrimento das trabalhadoras e trabalhadores dos aplicativos.

Mostrando que governa para os banqueiros e empresários não revogou os decretos de Michel Temer que impõe as Reformas Trabalhista, Previdenciária e a do Novo Ensino Médio.

Tudo isso de baixo do nariz das direções dos movimentos sindical e popular. O papel cumprido pelas direções sindicais majoritárias, a maioria das que lutam por moradia, por terra e pelos direitos dos povos originários, neste momento em conluio com o governo Lula, busca domesticar a classe dos explorados em nome da governabilidade e do lucro dos patrões.

Contra tudo e todos, setores da classe trabalhadora seguem lutando por emprego, salário, saúde, educação. Lutam contra a fome, a miséria e por melhores condições de vida. Foram essas lutas que construíram um embrião de resistência unificada nas jornadas de 13 de junho. De uma forma geral as mobilizações realizadas no último dia 13 por iniciativa da Plenária Sindical e Popular anterior foi avaliada positivamente. “Foi um passo inicial, ainda com manifestações pequenas, mas importantes para se contrapor ao arcabouço fiscal do governo Lula e ao Marco Temporal”, defendeu Atnágoras Lopez, membro da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas.

As entidades que construíram as mobilizações do dia 13 convocaram uma nova Plenária Sindical e Popular, que aconteceu na noite de terça-feira (27), em São Paulo, aprovou nova jornada em 5 de julho como Dia Nacional de Luta contra o Arcabouço Fiscal e o Marco Temporal.

Entre as entidades que convocam o dia 5 de julho estão a CSP-CONLUTAS, SINSPREV-SP, FENASPS, SINDICATO DOS METROVIÁRIOS SP, que se incorporou à plenária naquela noite, SINDSEF-SP, SINTRAJUD-SP, PSTU, FNL, SINDICATO DOS METALÚRGICOS DE SJC, MML, UNIDADE CLASSISTA, UNIDOS PRA LUTAR, PCB, CST, REVOLUÇÃO SOCIALISTA, POR, ART, organizações da juventude como SOCIALISMO OU BARBÁRIE, e outras.

Arcabouço Fiscal e o Marco Temporal, são duas medidas que indicam a política do governo Lula e do Congresso, contrária aos interesses da classe trabalhadora e dos povos indígenas. Também foi aprovada uma resolução política com as principais reivindicações que mobilizam amplos setores da classe trabalhadora em luta, que será publicada em breve. A plenária também lembrou a necessária solidariedade internacional à luta dos povos originários da província de Jujuy, na Argentina. Assim como a todos os povos originários de todas as três américas.